Mulher que morreu após tratamento dentário foi à UPA quatro vezes
Postado 11/03/2025 08H42

Kamila Costa morreu por complicações após procedimento dentário | Foto: Reprodução
Prefeitura da Serra se manifestou após morte da administradora que teve infecção generalizada
Por Charles Manga
A prefeitura da Serra se manifestou sobre o caso da morte da administradora Kamila Costa Quadra, de 35 anos, que morreu por complicações ocorridas após um procedimento dentário. A paciente esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castelândia por quatro vezes antes de ser transferida para um hospital. Kamila realizou um procedimento de raspagem de gengiva no dia 05 de fevereiro, em uma clínica particular, localizada em Laranjeiras, também na Serra. Após o tratamento, ela passou a sentir fortes dores e a ter inchaços no rosto, procurando a unidade de pronto atendimento em busca de atendimento.
A administradora recebeu medicamentos para dor e retornou ao UPA por
três vezes antes de passar por exames laboratoriais e ser transferida para
um hospital de referência. "Minha irmã chegou no UPA quatro vezes, ela ia e
eles medicavam ela e mandavam voltar para casa. Somente da última vez
que minha mãe já não estava mais aguentando, minha mãe foi com ela e
eles internaram ela. Foi quando solicitaram um exame, porque eles não tinham feito nenhum exame de sangue", criticou o irmão da paciente em
entrevista a Rádio Ativa.
Kamila foi transferida e internada no Hospital Estadual Dório Silva no dia 19
de fevereiro, porém a infecção se agravou, resultando em um choque
séptico que tirou a vida da administradora na última sexta-feira (07).
Nesta segunda-feira a prefeitura da Serra se manifestou e confirmou que a
paciente esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castelândia,
nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro antes de passar por exames laboratoriais
no dia 18. "Na ocasião foi feita prescrição de antibióticos e indicação de
atendimento em Unidade Básica de Saúde para tratamento fora do
ambiente hospitalar. No dia 18 de fevereiro, após resultado dos exames
laboratoriais, foi solicitada internação da paciente que, em 19 de fevereiro,
foi transferida para um hospital de referência da Serra", diz a nota.
A família de Kamila questiona a demora para a realização do exame de
sangue. "Isso poderia ter sido evitado. Teve negligência, não adianta falar
que não teve, e a gente cobra respostas. A gente quer uma resposta do
UPA, porque não fez um exame nela no primeiro dia que ela procurou",
desabafou o irmão de Kamila.
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